05/11/13


Há em mim uma revolta latente. Ancorada às minhas vísceras e anexada ao meu revolto sentimento - que se faz perceber claramente à exalação da minha alma. Lá no fundo, onde ela ancora, vive escondida e de unhas roídas ao pé de um abismo, plantado à borda de pétalas pequenas e brancas, onde ela brinca despreocupada. De lá não se liberta. De nada lhe servem as nódoas negras que traz nos joelhos - a não ser para se exibir gloriosamente como pétala de juventude irrequieta. Hoje procurei e não a encontrei. Penso que desancorou. Penso que ainda aqui está - mas o pior - é que não sei onde.

2 comentários:

Joana disse...

encantador!

Maria disse...

Ah! E as minhas palavras que já tinham tanta saudade de serem faladas por ti... Que bom voltaste e entraste assim de rompante, que nem as chuvas de Março. Não esqueças que muitas vezes o segredo para encontrarmos algo é o não procurar. Assim ele virá ter connosco, quando assim nossas mãos estiverem prontas.