09/07/13


Sentado, prostrado às ressonâncias claras e perfumadas da tua acidez melancólica. Da tua água gelada sobre olho vítreo da minha esperança. Hoje, e logo hoje, que cheiro a lençóis diversos e a suores escondidos mostras-te que nem bala de borracha para a minha pele pisada, e já não só por ti. Hoje desarranjas o vácuo em que me organizei na tua ausência. Hoje quebras-me de novo e, volto a amar-te.

5 comentários:

Iolanda disse...

"Hoje desarranjas o vácuo em que me organizei na tua ausência. Hoje quebras-me de novo e, volto a amar-te." céus, foi exatamente assim que me senti ontem quanto um certo pássaro cruzou o seu voo com o meu. só não soube como dizê-lo em palavra, obrigada por o teres escrito.

qel disse...

brilhante escolha e articulaçao entre e com as palavras, quase como se brincasses com elas. gostei muito!

Iolanda disse...

a sua irremediável paixão será sempre o inverno mais rigoroso. o amor entre estações diferentes era um paradoxo que a natureza não podia permitir, ao que parece...

Beatriz Magalhães disse...

Não queria sair daqui sem te seguir, afinal gostei imenso da tua caligrafia melodiosa, afinal soas-me como se eu estivesse dentro das palavras.
Onde te sigo? Não encontro.

Um beijinho,
gostei do teu espaço,
pensando com arte.

Unknown disse...

belo, e tão próprio. Irremediavelmente comum... escreve mais.