28/11/11



os dias cá no Porto, começam a ficar gelados.
sem vontade de escrever. só de ler, pouco.
alguém comigo?

08/11/11


Hoje contorno-me por cantos, que nem tinta de esferográfica permanente. Discorro em pensamentos fragmentados, pedaços de lua e telhado sem céu. Como tatuagem dolorosa de olhar, que emana laivos de prazer aquando do seu desenho. Não sou mais que pigmento aprofundado na minha pele. Difícil, mas extinguível. Restos de cinzas, de fogueiras acesas às promessas dos teus beijos e apagadas à sombra da tua ignorância e até certo ponto do teu amor. Eu nunca fui e nunca quis ser assim. Quis ser sólido e estanque. Sem orifícios de entradas por onde me pudesse verter. Desenho-me em linhas e como puzzle desmantelado e montado a peças de encaixe forçado. Montagem desorganizada e tatuada. Contigo só fico se me desmontares de novo [prometendo sobre novas fogueiras], e me construires à precisão dos teus sentimentos.