30/04/11

28/04/11

grão


Desfaço-me em pequenos grãos de areia que, com o vento gélido que emanas, congelam em pleno ar.Como que partículas estáticas, a pairar, permanecem naquele local fixo sem se moverem perante os corpos que as tentam atravessar. Podemos portanto concluir que no fundo constituem resistências minhas ao que vai passando em meu redor. O problema surge sempre quando eu me recomponho. Paro de me desfazer e quero andar para a frente e vejo-me cercado de pedaços de mim congelados por ti. Duas soluções em vista. Avanço contra os cristais arenosos ferindo-me um pouco [mais] ou espero que te afastes de forma a que, o teu ar gélido se deixe de sentir e com um calor ressurgido todas as partículas suspensas possam cair ao chão e esperar que qualquer chuva próxima as leve para longe.

23/04/11


















é o desenrolar do meu passo ao teu amor que te faz saltar
alegria ou contemplação
amor absurdo e patético
abduz a minha atenção ao que és
sempre foste
e nunca quis eu ver.

09/04/11

Sol e claridade. Variações intempestivas num universo de partículas em que flutuamos. Sentimentos de prensa esmagadora que nos acordam mudamente pela noite e que deixam os resto da espezinha na nossa cabeça. Pesada. Compartimentalizada.
Hoje quero escrever-te em forma de poema e voltar a renegar a minha vida voltada à tua luz. Como lua que paira em torno da tua órbita.
Reconheço a inutilidade da minha ancoragem mas falta-me o coração, repleto e transbordante de coragem, para te dizer um definitivo adeus.
Espero que a claridade de hoje te faça ver o mesmo.
ao sol da manhã de 9 de Abril 2011,
e ao som de .