26/03/11

demais?


Já nem me pergunto se o que te demonstro é demais. É amorfo e esgotado. Não perdurável no tempo, no tempo em que eu insisto gostar de ti. Insisto em querer-te ver com camisolas de lã e a fumares o teu cigarro com a luz a bater-te na cara. Insisto em querer gostar dessa luz, em qualquer parte que esteja, e das casas degradadas que consigo avistar da tua varanda. Só vejo destruição física e futuro potencial. Contigo e com insistência. E quando quiser deixar de insistir? Será demais? Acabo por me questionar.

Unplanned Plans

mind, not matter, is causation

19/03/11


Quando me coloquei entre aqueles marcos de correio para a fotografia, tu estavas ao meu lado direito. Foi, agora, um abraço reconfortante ver-te à porta de minha casa. Já não estávamos juntos há tanto tempo! Estás sempre tal e qual como te recordo da minha infância. A mesma miúda alta e cabelo loiro que fala agora como se soubesse alguma coisa da vida. E, de facto, pareceste-me saber. Partilhamos mais do que imaginas e eu gostava de ter partilhado mais contigo. Espero que um outro dia. Não desesperes, és da cor do teu cabelo... só acho que talvez ainda não te tenhas apercebido disso.